Agro News VALORIZAÇÃO DO DOLAR

Alta do dólar derruba cotação do café em Nova York

Valorização da moeda americana também pesou para as demais commodities agrícolas negociadas na bolsa

Por Paulo Santos

25/07/2024 às 11:17:10 - Atualizado há
Dólar no maior patamar das últimas três semanas sustentou a alta do café na bolsa - Foto: nuestraflora

A valorização do dólar acentuou o movimento de queda nos preços futuros do café na bolsa de Nova York nesta quarta-feira (24/7). Os contratos do arábica para setembro terminaram a sessão cotados a US$ 2,3115 a libra-peso, ou 3,32% a menos que na véspera.

"A alta do dólar aumenta a pressão para baixa nas cotações, pois estimula as vendas dos principais países exportadores, como é o Brasil", afirma Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café.

Nesta quarta-feira, a moeda americana subiu 1%, a R$ 5,65, alcançando o maior valor em três semanas.

Ele também vê aspectos técnicos importantes para a formação de preço no pregão desta quarta. Nesse sentido, se os valores ficarem abaixo dos US$ 2,30, eles podem encontrar forças para recuar ainda mais.

Na bolsa de Londres, onde as variações do café robusta têm impactado o arábica, os contratos futuros se afastam do recorde alcançado recentemente, com a Indonésia, momentaneamente, conseguindo abastecer os importadores.

Em meio à movimentações técnicas, Pancieri Neto acredita na manutenção de alta para o café em Nova York, seja pelas preocupações com a safra no Vietnã e também os problemas de clima nas lavouras brasileiras.

"As floradas para o conilon devem acontecer dentro de algumas semanas. Se não houver chuvas nos próximos dias podemos ter prejuízos para a safra do ano que vem. A escassez de chuva é algo normal para essa época do ano, mas as temperaturas acima da média são prejudiciais para as plantas", finaliza o corretor.


AÇÚCAR

Nos negócios do açúcar em Nova York, os papéis do demerara com entrega para outubro fecharam em queda de 1,38%, cotados a 17,91 centavos de dólar por libra-peso.

A queda do dólar tende a beneficiar as exportações brasileiras, aumentando a oferta no mercado, e consequentemente, provocando uma baixa nos preços futuros.

Mas os prognósticos para a produção brasileira não são favoráveis. Segundo estimativa da StoneX, a produção de açúcar no Centro-Sul deverá totalizar 40,5 milhões de toneladas na temporada 2024/25, redução de aproximadamente 2 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior, divulgada em maio.


ALGODÃO

O algodão acentuou o movimento da queda na bolsa de Nova York, depois de atingir o menor valor em quase quatro anos na sessão desta terça (23). Os contratos para dezembro caíram 1,19%, a 68,65 centavos de dólar por libra-peso.

Além de uma melhora nas condições de lavouras nos EUA, a alta do dólar hoje favorece o recuo da commodity, bem como a demanda pela pluma, que ainda se mostra reprimida.


SUCO DE LARANJA

Nos negócios do suco de laranja, os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para setembro fecharam em queda de 2,12%, a US$ 4,2395 por libra-peso.


CACAU

Após forte volatilidade nos dois primeiros pregões da semana, os preços do cacau se acomodaram nesta quarta-feira. Os contratos para setembro caíram 0,71%, para US$ 8.227 a tonelada.

Fonte: globorural
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