Clima ainda é favorável para a produção americana, enquanto demanda não mostra reação
Os preços de soja e milho permanecem nos menores patamares em quase quatro anos na bolsa de Chicago. Sem mudanças no quadro de oferta e demanda, há pouco espaço para reação. A soja ficou praticamente estável nesta quinta-feira (1º) em dia de elementos positivos e negativos para as cotações. O contrato com entrega para setembro caiu 0,54%, cotado a US$ 10,09 por bushel.
Alguma força de alta foi vista nos dados de demanda pelo grão dos Estados Unidos.
O saldo líquido de vendas de soja pelos americanos (resultado de novos contratos e cancelamentos) na safra 2023/24 somou 376,4 mil toneladas na semana encerrada em 25 de julho, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA). O volume é mais de três vezes superior ao negociado na semana imediatamente anterior.
Mas o clima para áreas produtoras dos EUA mantém as expectativas com uma boa safra, e deve manter os preços em um canal de queda. Pelos próximos 14 dias, os mapas de clima mostram chuvas acima da média para o cinturão produtor de grãos.
O milho segue negociado nos menores patamares em quase quatro anos na bolsa de Chicago. Os lotes para setembro fecharam a sessão de hoje em baixa de 0,20%, a US$ 3,82 por bushel.
Os prognósticos de chuvas para áreas produtoras dos Estados Unidos seguem favorecendo as expectativas para a safra no país. Soma-se a isso, a manutenção de uma demanda fraca pelo milho do país. As vendas líquidas na última semana caíram 49%, para 167,9 mil toneladas, de acordo com dados do USDA.
O trigo avançou em Chicago, impactado por aspectos técnicos e questões ligadas à oferta. Os contratos para setembro fecharam em alta de 0,90%, para um valor de US$ 5,32 por bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA apontou piora para as lavouras de trigo de inverno no país. Do total da área semeada, 32% estão em algum grau de seca. Uma semana antes, o índice era de 24%. No entanto, o percentual está abaixo daquele observado no último ano, que atingia 49%.